Grafeno no mercado de armas ganha corpo no Brasil e entusiasma Bolsonaro
byO grafeno no mercado de armas começa a ganhar corpo no Brasil. A empresa Taurus, uma das maiores fabricantes de armamento leve do planeta, oficializou em 2021 um convênio com a Universidade de Caxias do Sul (UCS) para realizar pesquisa e desenvolvimento de armamentos com esse material, que é constituído de uma camada extremamente fina de grafite.
À base de carbono, leve, maleável, resistente ao impacto e à flexão, o grafeno é 200 vezes mais resistente do que o aço. Supera até mesmo o diamante, segundo especialistas em investimentos em tecnologia. E pode ser adicionado à composição de vários produtos industriais, sendo um desses produtos o setor de armamento e Defesa.
A parceria entre a Taurus e a UCS acontece através da UCSGraphene, primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina. A estrutura permitirá a rápida realização de testes e desenvolvimento de protótipos de armas.
Nessa sexta-feira (09), o presidente da república, Jair Bolsonaro, fez questão de estar presente na solenidade que também foi marcada pela abertura da primeira Feira Brasileira do Grafeno, que possibilita o contato entre empresas interessadas em utilizar o material em seus negócios.
Na ocasião, sem máscara, Bolsonaro, que como todos sabem é militar do Exército e entusiasta do uso de armamentos pela população, recebeu de presente um revólver calibre 38 das mãos do CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, além de um o protótipo da arma G3, que utiliza grafeno na composição, e um capacete de grafeno.
As instalações da UCSGraphene também havia veículos blindados e outros itens cujo o material se apresenta ainda mais resistente. O presidente exaltou essa perspectiva de futuro sobre o grafeno no mercado de armas e outras aplicações.
Capacidade de produção da UCSGraphene e a relação do grafeno no mercado de armas
A UCSGraphene é a maior planta de geração de grafeno da América Latina, com capacidade para produzir cinco toneladas do produto por ano. Para se ter uma ideia, o projeto MGGrafeno, um dos pioneiros no país, que em Minas Gerais desde 2018, atinge cerca de 300 quilos da substância por ano.
São R$ 20 milhões de investimento em tecnologia de grafeno. O empreendimento conseguiu desenvolver mais barato e adaptável à realidade brasileira. Por isso, desperta o olhar de interesse de várias empresas, entre elas do setor automotivo e agora o mercado de armas.
Grafeno e a revolução no mercado de armas sob o olhar de especialistas
O grafeno no mercado de armas tende a competir com tecnologias existentes e pode substituir materiais com décadas de tradição de uso. As aplicações permitem desenvolver produtos com alta resistência mecânica, capacidade de transmissão de dados e economia de energia. De acordo com o próprio coordenador da UCSGRAPHENE, professor Diego Piazza, o grafeno é o futuro para inúmeros setores, incluindo a indústria de armamentos.
O CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, destaca que a utilização do grafeno na produção de armas de fogo será uma revolução neste mercado.
Fonte:https://clickpetroleoegas.com.br/grafeno-no-mercado-de-armas/